Saturday 13 September 2014

Cheguei na Croácia, now what? --> Em um mato sem cachorro

"Cheguei! Estou no paraíso! Que abundância, meu irmão!"

A Croácia já estava na minha lista há muito tempo, mas é tanta coisa pra ver e fazer por lá, que eu acho que reservei muito pouco tempo pra ela. Só tive tempo de visitar Split e Hvar.
E olha, se tem um lugar que merece fotos boas é Hvar, mas acabei tirando mais com o celular mesmo. Isso porque a outra máquina é muito grande e a bolsa dela é bem chata de ficar carregando. Chutei o balde de levar a câmera maior. Sorry. :/


Cheguei em Hvar super animada, pois já tinha ouvido falar horrores sobre a ilha! Quando digo horrores, quero dizer coisa boa, viu! Ô lingua complicada esse português ‘giriado’!
Enfim, logo que cheguei já fui largando a mochila de lado, colocando um biquíni, shortinho, chinelo e saindo à deriva. Como diria zezé, “andei, andei, andei atéee encontraaar”.
Comecei a caminhar pelas trilhas ao redor das praias, que eram no meio do mato ou sobre pedras. Quanto mais eu andava, mais eu queria ver e essa caminhada durou um bocado! Já se foi meu plano de sentar e relaxar.
Depois de umas duas horas andando, comecei a perceber que já não via ninguém por muito tempo. Pensei em voltar, mas estava decidida à chegar em uma cidadezinha que vi à distância, então continuei.
A partir daí, o pensamento começou a voar looonge e além de pensar sobre a vida, eu comecei a me questionar sobre o lugar. Pensei, por exemplo, se por ali havia cobra (fui mal acostumada com a Nova Zelândia, que não tem absolutamente nada). Pensei tanto, mas tanto, que acabei atraindo uma danada que resolveu desfilar bem na minha frente! O susto foi tanto, que eu corri pra um lado e ela fugiu pro outro.
Na mesma hora já pensei em voltar, mas calculando a distância que eu já havia andado (2 horas), cheguei à conclusão de que era melhor eu continuar andando. Eu estava mesmo em um mato sem cachorro, com cobra. E foi aí que começou o auê, já que a cada barulhinho que eu escutava no mato, eu achava que era outra. Fui nesse ai-meu-deus-do-céu-ai-ai-ai até chegar na tal cidadezinha de “Milna”, que estava à mais uma hora e meia de caminhada, praticamente corridas, com meu chinelo quase arrebentando. 
Já estava convencida de que eu não iria voltar por ali. Primeiro, porque até eu caminhar as 3 horas e meia de novo, já estaria escuro. E, segundo, porque vamos convir que: andar no meio do mato, com cobra, no escuro...aí não! Então decidi voltar pela beira da estrada, que como você já deve ter percebido pelas outras histórias, eu tenho feito bastante.
Eram uns 100 metros de trilha até chegar na estrada e, como se não bastasse, não é que nesses últimos minutos do segundo tempo me apareceu outra bixana!  Essa surgiu do meu lado e ainda pulou de medo junto comigo. Saí saltitando igual louca e gritando todos os palavrões que eu conhecia em português, inglês, e nessas horas acho que até croata eu aprendi. Poxa, eu nem lembro a última vez em que levei um susto desses, aí, do nada, me acontece duas vezes em um dia! Não é pra qualquer um, não. Haja coração!
Mas é como diz aquele velho ditado (que eu inventei hoje), né...depois de um susto bem tomado, o sol sempre volta a se pôr magnificamente, pra gente agradecer por cada segundo daquele dia. 
As fotos não fazem jus à beleza desse pôr do sol, que é composto de uma bola vermelha florescente caindo do céu em câmera lenta, mas 'tá' valendo. =)
Amanhã eu coloco as fotos desse trajeto até Milna! 
Beijos, beijos!

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